O Ministério da Saúde
pretende vacinar este ano 31,3 milhões de brasileiros contra a gripe. O número
representa 80% de um total de 39,2 milhões de pessoas que integram os chamados
grupos prioritários – gestantes, idosos com mais de 60 anos, crianças entre 6
meses e 2 anos, profissionais de saúde, índios, população carcerária e doentes
crônicos.
Uma das novidades
anunciadas pela pasta é a inclusão de mulheres em puerpério (período de até 45
dias após o parto) nos grupos prioritários para vacinação. Outra mudança vai
possibilitar que pessoas com doenças crônicas tenham acesso ampliado à vacina
por meio de postos de saúde e não apenas centros de referência. Basta
apresentar uma prescrição médica no ato da imunização.
A Campanha Nacional de
Vacinação começa no dia 15 de abril e segue até o dia 26 do mesmo mês. No dia
20 de abril (sábado), todos os 65 mil postos de saúde do país vão funcionar
para um dia de mobilização. Ao todo, 240 mil profissionais de saúde devem
participar da ação, além de 27 mil veículos terrestres, marítimos e fluviais.
Serão distribuídas
cerca de 43 milhões de doses que, este ano, protegem contra os seguintes
subtipos de influenza: A (H1N1) ou gripe suína, A (H3N2) e B. Além dos R$ 330
milhões gastos com a vacina, o governo federal vai enviar aos estados e
municípios R$ 24,7 milhões para apoiar ações de mobilização e preparação de
equipes de saúde.
O secretário de
Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, destacou que a vacina é segura e só é
contraindicada para pessoas com alergia severa a ovo. Ele lembrou que, no ano
passado, a cobertura entre gestantes, por exemplo, foi baixa em razão da falta
de conhecimento sobre a importância da imunização. “Muitas vezes, o obstetra
não está familiarizado e não recomenda”, explicou.
O ministro da Saúde,
Alexandre Padilha, reforçou que a dose contém o vírus em sua forma inativa, mas
que não há risco de uma pessoa contrair gripe em razão da imunização. O que
pode ocorrer, segundo ele, é a pessoa tomar a vacina com o vírus em período de
incubação no corpo e apresentar um quadro gripal logo em seguida.
“A vacina contra a
influenza é o melhor método que temos para reduzir o risco de casos graves e de
internação”, disse Padilha. “É importante que a gente mantenha altas taxas de
cobertura vacinal”, completou.
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