A partir desta
quinta-feira, 23 de maio, o Sistema Único de Saúde (SUS) tem que iniciar o
tratamento de pacientes com câncer em até 60 dias. Essa obrigação está prevista
na Lei 12.732/2012, sancionada em novembro do ano passado. No entanto, o Brasil
conta com apenas 277 hospitais, centros e institutos públicos habilitados para
procedimentos oncológicos.
Para possibilitar a
execução da lei, o governo criou o Sistema de Informação do Câncer (Siscan).
Trata-se de um software gratuito para armazenar os diagnósticos e todas as
informações de pacientes. O Siscan está disponível para todas as secretarias
estaduais e municipais de Saúde. Estados e Municípios que não aderirem ao
Sistema até o final de 2013 podem ter o repasse de recursos do setor suspenso.
O Ministério da Saúde
reconhece que é preciso ampliar o atendimento na rede pública para atender os
casos de câncer da maneira como determina a nova legislação. A pasta espera que
a contar de agosto o Siscan registre todos os novos pacientes diagnosticados
com câncer.
Dificuldades
Segundo o Ministério,
todos os Estados possuem unidades tratamento. Mas, no Acre, Amapá, Amazonas,
Roraima e Piauí há apenas um lugar. Portanto, os pacientes do interior destes
Estados devem se dirigir ao mesmo hospital. As unidades estão divididas da
seguinte maneira: 134 no Sudeste, 63 no Sul, 48 no Nordeste, 20 no Centro-Oeste
e 12 no Norte.
Em São Paulo, um dos
Estados destaques no tratamento de câncer, alguns pacientes levam até três
meses para iniciarem os procedimentos devido à localização, segundo Instituto
do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp). Em outros casos, o início ocorre em
22 dias, menos do que o determinado na Lei. Para o Icesp é preciso mais
recursos para que o SUS cumpra a legislação.
Se algum paciente não
conseguir iniciar o tratamento dentro dos 60 dias, pode denunciar a unidade do
SUS pelo telefone 136, criado para este fim. De acordo com a Lei 12.732, a
Justiça poderá ser acionada caso o Estado ou Município não cumpra o prazo
máximo.
Agência Brasil
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