O
Programa Estadual de Controle da Tuberculose (PECT), da Secretaria de Estado da
Saúde Pública (Sesap) e o Ministério da Saúde estão promovendo nesta
terça-feira (18), no Centro de Formação de Pessoal para os Serviços de Saúde
(Cefope), em Natal, um treinamento para implantação no Rio Grande do Norte do
Teste Rápido Molecular para Tuberculose.
No
período da manhã participaram profissionais das Unidades Regionais de Saúde
(Ursaps), Serviços de Atenção Especializada (SAE), dos hospitais de referência
Giselda Trigueiro e Rafael Fernandes e profissionais de Saúde da UFRN. No turno
da tarde, das 13h30 às 17h30, participam 100 profissionais entre enfermeiros,
médicos e bioquímicos de Natal e da Região Metropolitana.
O
objetivo do treinamento é repassar aos profissionais de Saúde como será
realizado o teste rápido, para que possam multiplicar a informação junto às
Unidades Básicas de Saúde, onde será disponibilizado a população.
De acordo
com Valéria Nepomuceno, coordenadora do PECT, o teste rápido para diagnóstico
de tuberculose tem a capacidade de identificar o DNA do bacilo causador da
doença, o Mycobacterium tuberculosis, em apenas duas horas. O Gene Xpert, como
é denominado, também identifica se a pessoa tem resistência ao antibiótico
rifampicina, usado no tratamento da doença. No exame tradicional são
necessários de 30 a 60 dias para realizar o cultivo da micobactéria e outros 30
dias para se obter o diagnóstico de resistência à rifampicina. Com esse teste o
diagnóstico da tuberculose será mais eficiente, já que o novo método também
apresenta sensibilidade maior do que a metodologia tradicional (a baciloscopia
de escarro), com sensibilidade de identificação de 60 a 70% dos casos.
A doença foi
declarada prioridade global pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1993. No
Brasil, representa a 4ª causa de morte por doenças infecciosas e a primeira
causa de morte por doença identificada entre pessoas com HIV. Segundo Valéria
Nepomuceno, em 2013, foram diagnosticadas 1396 pessoas com a doença no Estado,
e em 2014 já temos a ocorrência de 20 casos. A realização desse teste vai
auxiliar na cura do paciente, pois o mesmo vai iniciar mais rapidamente o
tratamento. O tratamento é gratuito e oferecido no Sistema Único de Saúde
(SUS), mesmo que a pessoa seja diagnosticada na Rede Privada.
A tosse
por mais de três semanas, com ou sem catarro, é o principal sintoma da
tuberculose. Qualquer pessoa com este sintoma deve procurar uma Unidade de
Saúde para fazer o diagnóstico. Para atingir a cura, o paciente deve realizar o
tratamento durante seis meses, sem interrupção. São mais vulneráveis à doença
as populações indígenas, presidiários, moradores de rua, devido à dificuldade
de acesso aos serviços de saúde e às condições específicas de vida, além das
pessoas vivendo com o HIV e aids.
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