No dia 28 de julho é
celebrado o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais. Para lembrar a
data, no período de 28 de julho à 1º de agosto o Hospital Giselda Trigueiro
(HGT), em Natal, desenvolverá várias ações de prevenção a doença junto aos
pacientes, acompanhantes e funcionários da unidade.
Com o tema “I Campanha
contra Hepatites Virais no HGT”, o hospital referência no Rio Grande do Norte
no tratamento de infecto-contagiosas, vai promover várias ações de
conscientização sobre essa doença que afeta o fígado e que pode ser causada por
vírus, uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, além de doenças
autoimunes, metabólicas e genéticas.
“As hepatites são
doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas, mas quando aparecem
podem ser através do cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor
abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Por serem
sintomas comuns a outras doenças, muitas pessoas podem estar com hepatite e não
sabem. Por isso vamos distribuir material informativo sobre a prevenção a
doença, realizar aconselhamentos sobre a importância da vacinação contra
hepatite B e falar dos testes que detectam os vírus das hepatites B e C”,
explica Milena Martins diretora geral do HGT.
A campanha organizada
pelo Grupo de Hepatites Virais do HGT contará com o apoio da Secretaria de
Estado da Saúde Pública (Sesap) e terá a participação de alunos do curso de
medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e da Universidade
Potiguar.
No Brasil, as hepatites
virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existem, ainda, os
vírus D e E, esse último mais freqüente na África e na Ásia. Segundo o
Ministério da Saúde milhões de pessoas no país são portadoras dos vírus B ou C
e não sabem. “Elas correm o risco das doenças evoluírem e causarem danos mais
graves ao fígado como cirrose e câncer. Por isso, é importante ir ao médico
regularmente e fazer os exames de rotina que detectam a hepatite”, enfatiza
Milena Martins diretora geral do HGT.
De acordo com o
Programa Estadual DST/Aids e Hepatites Virais da Sesap, em 2012, no Rio Grande
do Norte, houve 300 casos de hepatites virais, sendo 57% hepatite A, 22%
hepatite B e 21% hepatite C. Normalmente, a hepatite A é a mais predominante,
pois sua forma de transmissão se dá através de alimentos e água contaminados,
esgotos a céu aberto e falta de saneamento.
A hepatite B é considerada uma
doença sexualmente transmissível, onde a pessoas mais acometidas são os adultos
jovens de 25 a 29 anos. Já a hepatite C acomete mais as pessoas acima de 50
anos. Entre as suas principais causas de transmissão estão a transfusão de
sangue e o compartilhamento de material para uso de drogas (seringas, agulhas,
cachimbos, entre outros), higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas
de dente, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam) ou para
confecção de tatuagem e colocação de piercings.
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