Mesmo considerando
remota a chegada de alguma pessoa infectada com vírus Ebola em território
potiguar, o secretário de Estado da Saúde Pública (Sesap), Luiz Roberto Leite
Fonseca, reuniu-se na segunda-feira (15) com representantes das
Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica), para discutir a construção de
um plano de Contingência que possibilite uma eficiente resposta aos possíveis
casos da doença que surgirem no Rio Grande do Norte.
A reunião contou ainda
com a participação do Serviço Móvel de Urgência (Samu 192/RN), Força Estadual
de Saúde, Serviço de Vigilância Epidemiológica, direção do Hospital Giselda
Trigueiro e técnicos municipais de Saúde de Natal.
De acordo com o secretário
Luiz Roberto, desde as preparações para a realização dos jogos da Copa do Mundo
Fifa 2014 em Natal, os órgãos da Saúde Pública do estado tem recebido
treinamento para o risco de epidemias. A ideia é reunir, em um único plano, as
demandas interinstitucionais relacionadas à emergência e garantir uma resposta
aos casos que ameacem o RN.
“Durante a Copa do
Mundo realizamos um excelente trabalho, integrando os órgãos de Saúde das três
esferas (União, estado e municípios), onde tivemos uma importante colaboração
das Forças Armadas, compartilhando informações e recursos materiais e
realizando treinamentos e simulados em conjunto. Iremos avançar neste mesmo
caminho, pois confiamos que somente por meio desta união poderemos alcançar
resultados eficientes contra os riscos que interfiram nas ações de Saúde
Pública”, disse Luiz Roberto.
A subcoordenadora de
Vigilância Epidemiológica da Sesap, Stela Dantas, garante que a medida de
construção de um Plano de Contingência contra o Ebola é algo preventivo e
reforça o anúncio do Ministério da Saúde de que não há caso suspeito nem
confirmado de ebola no país.
“Os países afetados
pelo vírus estão todos situados na África Ocidental. O risco do ebola chegar ao
país é considerado baixo, já que a doença é transmitida pelo contato direto com
sangue, secreções, órgãos e outros fluidos corporais de pessoas ou animais
infectados. Diferentemente de outras doenças, o Ebola não é transmitido pelo
ar”, disse Stela.
Profissionais do
Hospital Estadual Giselda Trigueiro, referência no tratamento de doenças
infectocontagiosas no Estado, estão passando por treinamentos para lidar com
vítimas do Ebola. Nestas capacitações, os servidores praticam o protocolo a ser
seguido para atendimento de pessoas infectadas com essa doença, desde o isolamento
do paciente em uma sala já reservada para isso, quanto os cuidados com a
proteção dos profissionais e o descarte dos resíduos hospitalares.
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