Um balanço do governo
federal indica crescimento de 85% nos casos notificados de bebês com
microcefalia no País, em apenas uma semana. O relatório feito a partir de
informações enviadas pelas Secretarias Estaduais de Saúde soma 739 notificações
em pelo menos 160 Municípios de nove Estados. A doença – que causa a
malformação do crânio e pode trazer sequelas graves ao desenvolvimento da
criança – foi identificada na região Nordeste, principalmente, mas demostra
atingir outras localidades.
A microcefalia leva os
bebês a nascerem com o perímetro da cabeça menor do que a média, que é acima de
34 cm. A epidemia foi maior em Pernambuco, que teve 487 registros, até o
momento. Porém a também foi constada na Paraíba, com 96 registros; em Sergipe
com 54 casos; no Rio Grande do Norte, com 47 diagnóstico; no Piauí com 27
ocorrências; e em Alagoas com 10 notificações. Os outros Estados registram
menos de dez casos, são eles: Ceará com nove registros; Bahia com oito e Goiás
com um caso.
Os dados do balanço
divulgado pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira, 24 de novembro, informa
que uma morte de recém-nascido com o diagnóstico no Rio Grande do Norte está
sendo investigada. Também foi informado que outras cinco mortes podem ter
relação com o quadro.
Vírus
A infecção pelo vírus
zika, identificado no Brasil no primeiro semestre deste ano e transmitido pelo
mesmo mosquito da dengue, é apontada como a principal hipótese para o aumento
de casos de microcefalia no país. Três motivos são apontados como principais: a
coincidência temporal entre o aparecimento da doença e o posterior surgimento
de casos da anomalia em recém-nascidos; a presença de sintomas de zika durante
a gestação, como manchas vermelhas na pele; e a infecção dos fetos pelo vírus,
conforme resultados de exames no líquido amniótico de duas gestantes.
Novo balanço do
Ministério da Saúde amplia para 18 o número de Estados com registros de
circulação do zika. Na semana passada, eram 14. Entram na lista Amazonas,
Espírito Santo, Rondônia e Tocantins. Em meio ao avanço dos registros, o
governo estuda ampliar o uso de medidas de combate ao mosquito transmissor da
dengue, chikungunya, zika vírus, o Aedes Aegypti.

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