Portaria garante
ampliação de maternidades especializadas em gestação de alto risco, que devem
beneficiar cerca de 390 mil mulheres.
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O Ministério da Saúde
vai investir na implantação e na qualificação dos serviços especializados em
atendimento às gestantes de alto risco. Ampliar a oferta de maternidades
especializadas e garantir maior segurança e melhor atendimento às gestantes e
aos bebês em situações especiais é o que prevê a Portaria 1.020, publicada
nesta sexta-feira (31). Com essa iniciativa, o Ministério da Saúde estima um
investimento de R$ 123 milhões por ano. A estimativa é que cerca de 390 mil
mulheres em situação de risco sejam beneficiadas.
“A iniciativa vai
permitir que a mulher e o bebê recebam os cuidados adequados às condições de
alto risco desde o pré-natal até o pós-parto, conforme preconizado pela
estratégia Rede Cegonha, que reforça a humanização do atendimento e as boas
práticas de atenção ao parto e nascimento. Com a qualificação do pré-natal, é
possível reduzir as taxas de prematuridade, de mortalidade materna e neonatal”,
explica o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Hoje, existem 196
maternidades de referência em gestação de alto risco habilitadas pelo
Ministério da Saúde. A expectativa, com a nova portaria é de que o número de
maternidades dobre, chegando a 390, e de que o número de leitos qualificados em
Gestação de Alto Risco seja de 2.885 até 2014.
A partir de agora,
todas as maternidades habilitadas como Alto Risco Tipo 1 (de menor
complexidade) e Alto Risco Tipo 2 (de maior complexidade) receberão do
Ministério da Saúde valores de custeio diferenciados por cada procedimento
(partos e cesarianas em gestação de alto risco). Os valores serão escalonados
de acordo com a habilitação – a maternidade Tipo 2 receberá um incremento de 30%
nos valores em relação à Tipo 1). A diferença entre as duas maternidades é em
relação aos recursos tecnológicos e recursos humanos, sendo a Tipo 2 mais
preparada para atendimento de casos mais graves.
A nova portaria prevê
ainda o repasse de incentivos da Rede Cegonha para as maternidades habilitadas
por cada leito obstétrico qualificado como alto risco. Os leitos já reservados
hoje para atendimento de alto risco vão receber um incentivo de R$ 220 por
diária. Os novos leitos obstétricos que forem habilitados receberão os R$ 220
de incentivo mais R$ 260 correspondentes aos procedimentos diferenciados, ou
seja, R$ 480.
De acordo com a
coordenadora da área da Saúde da Mulher do Ministério da Saúde, Esther Vilela,
o documento aborda o cuidado continuado da mulher e do recém-nascido e enfatiza
a implantação de uma rede de saúde, por meio de um cuidado que vai desde o
pré-natal, o parto, o puerpério e o planejamento reprodutivo, com equipes
multidisciplinares formadas por médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes
sociais, entre outros. “Todos preparados para atender e acolher na rede pública
essas usuárias, colaborando com a boa evolução da gestação e do parto e,
consequentemente, com a redução da mortalidade materna e neonatal”, diz.

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