Incluída no Plano de
Enfrentamento para os Serviços de Urgência e Emergência do Rio Grande do Norte,
a Central Metropolitana de Regulação funciona no térreo e 1º andar do
edifício-sede da Sesap. Ali funciona a Central de Exames de Alta Complexidade e
a Central de Leitos Hospitalares. Sua adaptação ao novo endereço contou com um
investimento de R$ 480.277,73, por parte do Governo do Estado.
O objetivo da Central
Metropolitana de Regulação, que integra o Complexo Estadual de Regulação, é
regular os leitos clínicos e cirúrgicos, evitando que os pacientes, no âmbito
do Sistema Único de Saúde (SUS), fiquem aguardando por vagas para serem
atendidos. A distribuição é feita de acordo com os leitos disponíveis e com a
gravidade e urgência do atendimento.
A Central de Regulação
comemora a ação incomum de zerar a fila de pacientes que aguardavam, desde
muito tempo, as cirurgias para as quais foram encaminhados, incluindo o chamado
“Petsc- scan”,um exame que não é coberto pelo SUS, que serve para detectar o
câncer, e para o qual existia uma fila de espera.
De acordo com a
Coordenadora da Central, Maria da Saudade de Azevedo, a equipe da regulação
conseguiu ordenar melhor o fluxo de pacientes, vindos de todo o estado, zerando
a fila. “Para zerar a demanda, priorizamos aquele paciente que realmente
necessita do exame com rapidez e agilidade”, frisa a coordenadora.
Atualmente também não
existem filas para procedimentos como cateterismo cardíaco, arteriografia
cerebral e de membros, aortografia e flebografia. São exames de alta
complexidade, que por exemplo, anteriormente existiam cerca de 104 pacientes
apenas na fila de arteriografia, e hoje a fila é zero.
Projeto prevê aumento
do acesso a cirurgias eletivas
As cirurgias eletivas
são objeto de um projeto da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), que
tem amparo na Portaria nº 1.340, da própria Sesap, de 29 de junho de 2012. A
Portaria "Define a estratégia de aumento do acesso aos Procedimentos Cirúrgicos
Eletivos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) para os exercícios dos anos
de 2012 e 2013".
Para ser encaminhado, o
paciente pode estar localizado em qualquer um dos 167 municípios do Estado,
aguardando para se submeter a uma intervenção cirúrgica, por indicação médica.
“As cirurgias são encaminhadas pela presença dos mais variados gêneros de
enfermidades, abrangendo desde as hérnias e vesícula, até varizes e todas as
alterações ginecológicas que recomendem uma intervenção, e nisto há uma grande
demanda reprimida”, contou Saudade.
“A Sesap montou o
projeto ‘Reduzindo as desigualdades e ampliando o acesso à assistência à Saúde
no RN’”, complementou Saudade, acrescentando: “A Sesap está se reestruturando
para começar essas cirurgias em sua rede própria”, disse. “Hoje, elas são
realizadas através de convênios nos hospitais credenciados ao SUS.
“Acreditamos que os
fatores que nos auxiliaram a conseguir um resultado mais rápido a esses pedidos
de autorização foram, além da estruturação da Central de Regulação, o aumento
de profissionais médicos reguladores.
“A Central de Regulação
conta com 16 médicos reguladores. Uma vez autorizado o exame, o município do
interior saberá o dia, a hora, o local e o profissional que vai realizar o
procedimento. São autorizados 37 exames por mês, não apenas do SUS. O Estado
custeia com recursos do Tesouro Estadual. São casos de câncer de pulmão, de
reto e linfomas, na grande maioria. Para zerar a demanda, priorizamos aquele
paciente que realmente necessita do exame com rapidez e agilidade”, frisa a
coordenadora.
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