O Ministério da Saúde está adquirindo um novo larvicida biológico, o Espinosade, para distribuir aos estados nos próximos meses. A nova tecnologia irá reforçar as ações de prevenção e controle das arboviroses no país. O biolarvicida representa uma alternativa eficiente no controle das larvas dos mosquitos, pois pode ser adicionado em qualquer lugar que acumule água e tenha potencial para ser um criadouro dos insetos.
Além disso, o espinosade apresenta vantagens significativas como segurança humana e baixo desenvolvimento de resistência, o que o torna bastante promissor no controle biológico de vetores, principalmente do Aedes aegypti e Aedes albopictus, vetores da dengue, chikungunya e Zika.
O secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros destacou a importância da nova tecnologia. “O Ministério da Saúde está investindo em mais uma ferramenta na luta contra o mosquito Aedes aegypti. Esse novo larvicida é uma inovação tecnológica na resposta do controle das arboviroses de uma forma sustentável e preservando a saúde humana e animal”, destacou.
A nova tecnologia além de trazer mais segurança aos profissionais que trabalham diretamente com os produtos, garante um menor impacto ambiental, por se tratar de um produto biológico de baixo impacto a saúde humana.
De acordo com o coordenador de Vigilância das Arboviroses do Ministério da Saúde, Cássio Peterka, o grande benefício, em comparação com os inseticidas tradicionais, é que esse é um produto orgânico e causa a morte apenas das larvas do mosquito, sem afetar pessoas e nem animais domésticos, inclusive peixes, aves e outros insetos benéficos. Também não afeta o ambiente, porque não é cumulativo ou poluente.
“Até hoje a principal estratégia adotada para o combate do mosquito era o uso maciço de produtos químicos para o controle de mosquitos adultos e larvas. Entretanto, o uso intensivo de agentes químicos aumenta o custo de controle, afeta a saúde humana e animal, e pode causar impactos ao meio ambiente. Com essa nova tecnologia, podemos atuar no controle vetorial com muito mais segurança e menos impacto ao meio ambiente”, destacou o coordenador.
Outra vantagem do larvicida biológico, em comparação com os produtos tradicionais, é que um dos problemas do uso de inseticidas químicos para o controle do Aedes aegypti é a seleção de populações do vetor resistentes aos insumos utilizados, resultando na redução da eficiência do inseticida devido à morte de todos os indivíduos suscetíveis, restando apenas os imunes ao produto.
A distribuição do
Espinosade aos estados será feita depois da capacitação que o Ministério da
Saúde irá fazer com os profissionais de estados e municípios prevista para o
mês de maio. Além disso, o Coordenação Geral de Vigilância das Arboviroses
(CGARB) dará início a distribuição após constatar que os estados não terão mais
estoque do antigo larvicida pyriproxifen. Cabe destacar a obrigatoriedade de
utilização de todos quantitativo do larvicida anteriormente preconizado,
Pyriproxyfen 0,5%, para que não haja futuramente quantitativos obsoletos nos
Estados.
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