Teve início na manhã
desta quarta-feira, 05, no auditório da VI Unidade Regional de Saúde, com sede
em Pau dos Ferros, a Capacitação sobre Manejo Clínico em Dengue. O evento, que
termina amanhã, 06, é destinado aos enfermeiros, técnicos da Atenção Básica dos
37 municípios do Alto Oeste potiguar e à equipe da VI Ursap responsável pelo
programa na região.
Segundo Kristiane
Fialho, Coordenadora do Programa Estadual de Controle à Dengue, que ministra a
capacitação na companhia das técnicas da Sesap, Luciana Olinto e Sílvia Dinara,
“a doença é endêmica e dinâmica”. Em função disso, os cuidados para se evitar
criadouros devem ser redobrados, principalmente no período chuvoso, que
proporciona condições favoráveis para sua reprodução em grande escala.
Ainda de acordo com a
bióloga da Sesap, com o acelerado desenvolvimento urbano, o homem passou a
invadir o habitat do mosquito e, em decorrência desse fator, ficou bem mais
vulnerável à doença transmitida por ele. “O Brasil, país de dimensões
continentais, é responsável por 75% dos casos de dengue na América Latina”,
destacou.
Em maio próximo passado,
a Sesap, através do Programa Estadual de Controle da Dengue, divulgou um novo
boletim com os números atualizados da doença. As informações são
referentes à Semana Epidemiológica nº 19, que representa os dados
notificados desde o início do ano até o dia 11 daquele mês.
Nesse período, foram
notificados 6.385 casos suspeitos de dengue no Rio Grande Norte, sendo 1.529
casos confirmados até o momento. No mesmo período do ano de 2012, esses números
foram, respectivamente, 20.314 e 7.787, o que aponta um decréscimo no
quantitativo de
casos.
Do total de municípios
do RN, 61 apresentam baixa incidência da doença, 27 estão com média, 45 com
alta e 34 com incidência silenciosa. Os cinco municípios que apresentam as
maiores notificações de casos suspeitos são: Natal (718), Pau dos Ferros (538),
Parelhas (456), Santa Cruz (322) e Jardim de Piranhas (236).
Apesar da tendência de
queda, o programa da dengue alerta que o combate ao mosquito deve ter ações
permanentes em todos os municípios. A prevenção precisa ser mantida durante
todo o ano. É importante que a população continue verificando o adequado armazenamento
de água, o acondicionamento do lixo e a eliminação de todos os recipientes sem
uso que possam acumular água e virar criadouros do mosquito. Além disso, é
essencial cobrar o mesmo cuidado do gestor local com os ambientes públicos,
como o recolhimento regular de lixo nas vias, a limpeza de terrenos baldios,
praças, cemitérios e borracharias.
Aos primeiros sintomas da dengue (febre, dor de cabeça, dores nas articulações e no fundo dos olhos), a recomendação é que a pessoa procure o serviço de saúde mais próximo. É fundamental não tomar remédio por conta própria, pois isso pode mascarar sintomas e dificultar o diagnóstico, devendo ainda estar alerta para sinais de agravamento, como vômitos e dores abdominais.
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