quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Profissionais de saúde recebem capacitação sobre hanseníase

Durante três dias, profissionais de saúde das Unidades Regionais de Saúde (Ursaps) e da Grande Natal participam do curso de manejo clínico em hanseníase. A abertura do evento promovido pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) será na próxima segunda-feira (11), às 8h30, no auditório do hotel Holiday Inn em Ponta Negra. São esperadas 25 pessoas, entre médicos, enfermeiros e fisioterapeutas. O treinamento se encerrará na quarta-feira (13), com aula prática no hospital Giselda Trigueiro.

Segundo Paulo Nóbrega, responsável pelo Programa Estadual de Controle da Hanseníase da Sesap, o treinamento servirá para ampliar conhecimentos e qualificar os participantes sobre as formas de acolhimento, prevenção, diagnóstico e tratamento da hanseníase. "Os profissionais recebem novos conhecimentos sobre a doença, aprendem como fazer o diagnóstico correto da hanseníase, noções sobre a prevenção de incapacidades, entre outras ações voltadas para a o tratamento", enfatizou. Esse é o segundo curso que a Sesap promove este ano, sobre o manejo clínico da hanseníase. O primeiro foi realizado em maio, no município de Mossoró, abrangendo toda a II Ursap.

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, de evolução lenta, que se manifesta principalmente através de sinais e sintomas dermatoneurológicos, tais como: lesões na pele e nos nervos periféricos, principalmente nos olhos, mãos e pés. A doença acomete homens e mulheres de qualquer idade e pode causar deformidades físicas que devem ser evitadas com o diagnóstico precoce e o tratamento imediato.

Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), de janeiro a novembro deste ano, 173 casos da doença foram notificados no Rio Grande do Norte, com destaque para Mossoró com 77 e Natal com 24 notificações.

Paulo explica que há dois tipos de hanseníase: a transmissível e a não transmissível. O primeiro tipo é transmissível pelas vias aéreas superiores e por gotículas de saliva, e o tratamento pode durar até 12 meses. O segundo tipo não transmissível, o tratamento pode chegar a seis meses. Ambas as formas da doença se não tratadas a tempo, podem evoluir para uma incapacidade física irreversível do paciente.

O diagnóstico e o tratamento inicial são realizados na Atenção Básica, se a doença evoluir, o paciente é encaminhado para os hospitais de referência. No RN temos os hospitais Giselda Trigueiro e Onofre Lopes em Natal, e o Rafael Fernandes, Centro Clínico Professor Vinght-Un Rosado, e PAM do Bom Jardim, em Mossoró, que são referência no tratamento da hanseníase.  


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