quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Sesap participa de audiência sobre Promoção da Equidade em Saúde para ciganos de Tangará

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) participou de uma audiência pública na Câmara Municipal de Tangará para discutir os direitos sociais da Constituição Federal, em favor dos ciganos da comunidade de Tangará/RN. Com articulação da Subcoordenadoria de Informação, Educação e Comunicação (SIEC), gestores municipais, representantes do segmento e técnicos de diferentes áreas debateram o fortalecimento da Política Estadual de Promoção da Equidade elencando prioridades na educação, saúde, alimentação, trabalho, moradia, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e à infância e assistência aos desamparados.

Para a técnica da SIEC, Sanzia Fernandes, a audiência possibilitou discussões acerca das especificidades do grupo cigano de Tangará e como os entes envolvidos devem atuar para que as iniquidades em saúde, bem como as desigualdades e as diferenças culturais e étnicas entre os diversos grupos, possam ser tratadas. “A Sesap busca fortalecer os princípios constitucionais do Sistema Único de Saúde (SUS), sobretudo no que se refere à equidade, proporcionando a esses segmentos a promoção da atenção à saúde de forma integral e equânime”, destacou.

De acordo com a vice-presidente da União Cigana do Rio Grande do Norte (UCIRN) e articuladora das Lideranças Ciganas da COEPPIR/SEJUC, Diana Rorarani, o município de Tangará conta, atualmente, com cerca de mil ciganos, entre nômades, semi-nômades e sedentários que vivem em condições desfavoráveis.

“Há anos a comunidade cigana de Tangará vive às margens da BR 101, morando em barracas, em condições insalubres e de miséria, o que vem afetando diretamente os direitos sociais deste segmento. Porém, na questão cigana, além da precariedade, existe o desconhecimento das peculiaridades desta cultura, o que dificulta o acolhimento desses indivíduos e provoca o afastamento no momento da necessidade de atendimento. Existem casos em que o cigano se constrange e vai embora sem a assistência que deveria ter”, disse. 

Diana Rorarani considerou o resultado final da audiência bastante positivo. “Todos os órgãos envolvidos se comprometeram em dar suporte para uma condição de vida digna e humana para o povo cigano de Tangará. De pronto, a prefeitura irá realizar melhorias nas moradias que estão danificadas”, enfatizou.

No próximo mês, representantes da União Cigana do Rio Grande do Norte irão a Brasília para participar do Encontro Nacional de Saúde, quando levarão os resultados da audiência ao Ministério da Saúde.

Segundo Sanzia Fernandes, a redução das desigualdades sociais é uma das mais importantes diretrizes que orientam as polít
icas de saúde atuais. “As desigualdades em saúde persistentes e passíveis de ação de mudança são chamadas também de iniquidades. Sobre esse assunto, o Ministério da Saúde e as demais esferas de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), a exemplo da Sesap, vem atuando, por meio de seus respectivos pactos, implementando metas sanitárias para que os diversos segmentos possam sair da invisibilidade e ter uma oportunidade de mudança de vida”, ressaltou.


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