Em alusão ao Dia
Mundial da Alimentação, comemorado no último dia 16, a Secretaria de Estado da
Saúde Pública (Sesap) faz uma alerta sobre o perfil nutricional da população
norte riograndense. Do total de 153.032 crianças registradas no Sistema
Informatizado de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) no ano de 2013 em
todo o Rio Grande do Norte, 10.930 (7,1%) apresentaram baixo peso, e 57.268
(37,4%) foram avaliadas com excesso de peso.
De acordo com a
nutricionista Érika Melo, da Coordenação Estadual de Alimentação e Nutrição,
estamos passando por um momento de ‘transição nutricional’. Temos grupos
populacionais que sofrem ainda de desnutrição e outra parte que sofre pelo
excesso de peso.
“Fazendo uma avaliação
crítica da nossa população percebemos que cada vez mais está diminuindo o
número de crianças que sofrem de desnutrição e está aumentando o número de
crianças, adolescentes e adultos com sobrepeso e obesidade. Esse é um fato que
merece um destaque especial, pois o aumento do peso corpóreo causa não somente
uma mudança visual, mas também possibilita o aumento do desenvolvimento de
diabetes mellito, hipertensão arterial, câncer e das doenças coronarianas”,
explica.
Para ela, esses números
refletem o hábito alimentar vivenciado atualmente e denominado “cultura da
praticidade”. Os adultos não se alimentam de forma saudável e isso se reflete
na alimentação oferecida às crianças.
A substituição de suco
de fruta por sucos de caixa (industrializados), do consumo de frutas como opção
de lanche por biscoitos (ricos em açúcar, gordura e sal), o aumento do uso de
temperos prontos (que possuem concentrações elevadas de sódio) para dar sabor
às preparações e diminuição de ervas naturais são hábitos apontados como
nocivos à saúde.
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