terça-feira, 22 de setembro de 2015

Pau dos Ferros-RN: Durante esta semana, VI Ursap/Sesap/MS realizam Oficina de Vigilância do Óbito e Sistemas SIM/SISNAC

Teve início na manhã desta terça-feira, 22 de setembro, e se estenderá até a próxima quinta, 24, a Oficina sobre a Vigilância de Óbitos e Sistemas SIM/SINASC, na VI Unidade Regional de Saúde Pública, com sede em Pau dos Ferros.

O evento tem como objetivo avaliar, qualificar e apoiar os 37 municípios da 6ª Região para a implementação de ações que visam o aumento da cobertura dos Sistemas de Informações sobre Nascidos Vivos e Mortalidade, através da institucionalização da rotina e padronização dos instrumentos de coleta da busca direcionada de Registros de Nascimentos e Óbitos Infantis, Fetais, Maternos, MIF e Mal Definidos e, tem, como público alvo, técnicos do nível central, Consultoria Técnica de Vigilância do Óbito e Saúde da Mulher, Técnicos da VI Ursap, hospitais e das Secretarias Municipais de Saúde, médicos, enfermeiros, e tabeliães, profissionais das SMS à Atenção Básica, Saúde da Mulher, Saúde da Criança, Estratégia Saúde da Família e comitês regionais de redução de mortalidade materna e infantil.

Segundo Maria Antonieta Delgado Marinho, Consultora Técnica de Vigilância do Óbito do Ministério da Saúde, “a Certidão de Óbito não é, apenas, um documento que ateste o falecimento de uma pessoa, mas, também, uma importante ferramenta  que serve para nortear a implantação de políticas públicas que possam rumar na direção de prevenir eventos adversos que contribuem para a elevação dos índice de mortalidade em determinada doença ou por meio de acidentes de qualquer natureza”, destacou.

O técnico da VI Ursap, Paulo Bernardino, apresentou um gráfico preocupante com o número de nascidos e, por sua vez, a quantidade de óbitos em crianças com menos de nove meses de vida. No município de Francisco Dantas a cada 16 nascidos vivos, quatro morrem. Esse dado é gravíssimo! Representa 25%.

Segundo Paulo, tomando como base pesquisa de óbito no SIM Online, com intervalo de tempo para data de óbitos entre 01 de janeiro a 17 de setembro de 2015, verificou-se que foram registrados 64 óbitos infantis (somando-se todos os filtros). Em 2014, numa pesquisa em igual período, foram registrados 68 óbitos infantis. 19, dos 64 óbitos infantis registrados, foram investigados, até o momento, dando uma porcentagem de 29,8% de óbitos investigados na 6ª Região de Saúde.

Ainda de acordo com o técnico Paulo Bernardino, dos 64 óbitos registrados em 2015, 23 são fetais e a causa básica mais frequente foi hipóxia intrauterina, correspondendo a 30%.
“Dos 25% óbitos neonatais (0 a 27 dias) 12 foram de crianças com peso acima de 1,5kg. Crianças acima de 1.500kg tem peso compatível com a vida, portanto, tais óbitos são considerados potencialmente evitáveis”, destacou Paulo, acrescentando que 36% dos óbitos neonatais (0 a 27 dias) prevaleceram, em termos gerais, decorrentes de complicações diretamente ligadas ao trato respiratório.

Para melhorar a logística e propiciar maior absorção dos conteúdos repassados, o público-alvo será dividido em grupos de estudos amanhã e quinta-feira.



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