Teve início na manhã
desta terça-feira, 22 de setembro, e se estenderá até a próxima quinta, 24, a
Oficina sobre a Vigilância de Óbitos e Sistemas SIM/SINASC, na VI Unidade
Regional de Saúde Pública, com sede em Pau dos Ferros.
O evento tem como
objetivo avaliar, qualificar e apoiar os 37 municípios da 6ª Região para a
implementação de ações que visam o aumento da cobertura dos Sistemas de
Informações sobre Nascidos Vivos e Mortalidade, através da institucionalização
da rotina e padronização dos instrumentos de coleta da busca direcionada de
Registros de Nascimentos e Óbitos Infantis, Fetais, Maternos, MIF e Mal
Definidos e, tem, como público alvo, técnicos do nível central, Consultoria
Técnica de Vigilância do Óbito e Saúde da Mulher, Técnicos da VI Ursap,
hospitais e das Secretarias Municipais de Saúde, médicos, enfermeiros, e
tabeliães, profissionais das SMS à Atenção Básica, Saúde da Mulher, Saúde da
Criança, Estratégia Saúde da Família e comitês regionais de redução de mortalidade
materna e infantil.
Segundo Maria Antonieta
Delgado Marinho, Consultora Técnica de Vigilância do Óbito do Ministério da
Saúde, “a Certidão de Óbito não é, apenas, um documento que ateste o
falecimento de uma pessoa, mas, também, uma importante ferramenta que serve para nortear a implantação de
políticas públicas que possam rumar na direção de prevenir eventos adversos que
contribuem para a elevação dos índice de mortalidade em determinada doença ou
por meio de acidentes de qualquer natureza”, destacou.
O técnico da VI Ursap,
Paulo Bernardino, apresentou um gráfico preocupante com o número de nascidos e,
por sua vez, a quantidade de óbitos em crianças com menos de nove meses de
vida. No município de Francisco Dantas a cada 16 nascidos vivos, quatro morrem.
Esse dado é gravíssimo! Representa 25%.
Segundo Paulo, tomando
como base pesquisa de óbito no SIM Online, com intervalo de tempo para data de
óbitos entre 01 de janeiro a 17 de setembro de 2015, verificou-se que foram
registrados 64 óbitos infantis (somando-se todos os filtros). Em 2014, numa
pesquisa em igual período, foram registrados 68 óbitos infantis. 19, dos 64
óbitos infantis registrados, foram investigados, até o momento, dando uma
porcentagem de 29,8% de óbitos investigados na 6ª Região de Saúde.
Ainda de acordo com o
técnico Paulo Bernardino, dos 64 óbitos registrados em 2015, 23 são fetais e a
causa básica mais frequente foi hipóxia intrauterina, correspondendo a 30%.
“Dos 25% óbitos
neonatais (0 a 27 dias) 12 foram de crianças com peso acima de 1,5kg. Crianças
acima de 1.500kg tem peso compatível com a vida, portanto, tais óbitos são
considerados potencialmente evitáveis”, destacou Paulo, acrescentando que 36%
dos óbitos neonatais (0 a 27 dias) prevaleceram, em termos gerais, decorrentes
de complicações diretamente ligadas ao trato respiratório.
Para melhorar a
logística e propiciar maior absorção dos conteúdos repassados, o público-alvo
será dividido em grupos de estudos amanhã e quinta-feira.
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