A Secretaria de Estado
da Saúde Pública (Sesap) reafirmou a presença do zyka vírus nas amostras que
estão sendo investigadas pelo Instituto Evandro Chagas acerca da morte de uma
jovem de 20 anos, natural de Serrinha (RN), ocorrida em 2015, mas a causa do
óbito, no entanto, continua sendo investigada com previsão de conclusão dentro
de 60 dias. A informação é da coordenadora de Promoção à Saúde (CPS) da Sesap,
Cláudia Frederico.
“Esse achado é muito
importante do ponto de vista da investigação, mas devemos ser prudentes porque
o processo investigativo é longo, ainda vai passar por outras fases até que
seja concluído”, afirmou a coordenadora, durante a coletiva à imprensa, na Sala
de Situação, localizada no 7º andar da Sesap. A coletiva também contou com a
presença do prefeito de Serrinha, Fabiano Teixeira e da subcoordenadora de
Vigilância Epidemiológica (SUVIGE), Kristiane Fialho.
De acordo com a Claudia
Frederico a confirmação da presença do zyka vírus nas amostras que estão sendo
estudadas pelo Instituto Evandro Chagas é importante do ponto de vista
científico, mas atribuir o fato à causa do óbito seria imprudente. Diante deste
fato, Cláudia Frederico reforçou a necessidade da população se manter ainda
mais vigilante no combate ao vetor transmissor da zyka e de outras doenças como
dengue, febre amarela e chikungunya.
O prefeito de Serrinha,
Fabiano Teixeira, disse que acompanhou a internação da jovem passo a passo e
que devido ao seu quadro clínico não foi feito um diagnóstico preciso,
suspeitando-se inicialmente de leucemia e posteriormente de pneumonia. “É
importante deixarmos claro que a causa da morte continua sendo investigada,
para que a população de Serrinha e do próprio RN não entre em pânico”, afirmou.
Microcefalia
De acordo com o mais
recente boletim epidemiológico, foram notificados 287 casos suspeitos de
microcefalia relacionados às infecções congênitas. Desses, 236 são de
nascimentos ocorridos em 2015, 44 são de nascimentos ocorridos até a semana
epidemiológica (SE) nº 05, terminada no último dia 6; 2 foram abortos, 4
intraútero e 1 ignorado em 2014.
Os casos notificados
estão distribuídos em 67 municípios do estado. Do total, 201 estão sob
investigação, 66 foram confirmados por exame de imagem com presença de
alterações típicas indicativas de infecção congênita, 4 foram confirmados por
critérios clínico-laboratorial e com a identificação do vírus zika, e 16 foram descartados
(descartados por apresentar exames normais, por apresentar microcefalia e/ou
malformações congênitas por causas não infecciosas ou por não se enquadrar nas
definições de casos).
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