O Ministério da Saúde
divulgou ontem, 5 de abril, que 1.046 bebês nasceram com microcefalia e outras
alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita, desde que a
pasta começou a investigar a relação entre o vírus Zika e a malformação, em
outubro do ano passado. Em uma semana, foram confirmados 102 novos casos.
De todas as
confirmações, 170 tiveram relação laboratorial para o Zika, mas, devido a
dificuldades neste diagnóstico, a pasta considera que o número não reflete a
realidade e que na verdade a maioria dos casos foram causados pelo vírus.
A pasta também divulgou
resultados preliminares de estudo feito na Paraíba que apontam maior risco de
bebês nascerem com microcefalia quando as gestantes são infectadas pelo vírus
Zika no primeiro trimestre de gravidez. Desde que a relação entre o vírus e a
malformação foi feita, os infectologistas e neurologistas acreditavam
fortemente nesta hipótese, mas para a confirmação científica é necessária a
conclusão do estudo.
Para a pesquisa, feita
em parceria entre o Ministério da Saúde, o governo da Paraíba e Centro de
Controle e Prevenção de Doenças Transmissíveis dos Estados Unidos, 165
entrevistas com mães de bebês com microcefalia e 446 mães de bebês da mesma
região sem microcefalia. Todas as mães têm bebês de até sete meses.
A análise das amostras
de sangue coletadas nas mães e bebês paraibanos continuarão a ser feitas e
somente após esta fase, os resultados finais serão divulgados. O resultado
inicial do estudo também não encontrou nenhuma associação da microcefalia com a
exposição de produtos como inseticidas, por exemplo.

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