Uma equipe de resposta
rápida da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, em
colaboração com a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte (SESAP-RN),
Regional de Pau dos Ferros e Secretarias Municipais de Saúde, realizou, no mês
de março, uma investigação epidemiológica sobre a ocorrência de Doença de
Chagas Aguda (DCA) em quatro municípios do RN.
Foram investigados 21
casos suspeitos de DCA e até o momento foram confirmados 14, sendo 11 por
critério laboratorial e três por clínico epidemiológico, sete aguardam resultado
laboratorial. Os casos confirmados apresentaram sinais e sintomas em outubro de
2015, com maior concentração entre os dias 14 e 18 de outubro.
Os casos estudados
foram notificados nos municípios de Tenente Ananias, Marcelino Vieira,
Alexandria e Pilões, sendo que oito casos confirmados estão localizados em
Marcelino Vieira. O trabalho foi feito devido à identificação de aumento do
número de casos suspeitos de doença de Chagas aguda (DCA).
“O período do aumento
de casos coincide com o período da moagem da cana-de-açúcar”, explica Lúcia
Abrantes, no Núcleo de Entomologia da Sesap. Ela explica que o relatório serve
de alerta para a população daquela região, pois os indícios são de que a
contaminação aconteceu através do caldo de cana consumido nos engenhos. “A
moagem da cana acontece todos os anos, mas é a primeira vez que tivemos esse
surto no Rio Grande do Norte”. Em todos os 14 casos confirmados foi relatada a
ingestão de caldo de cana procedente da mesma fazenda.
Ao encontrar o inseto
transmissor (conhecido como barbeiro) é recomendado que ele seja colocado num
recipiente fechado, porém com furos, para que o inseto possa respirar. O
recipiente deve ser levado a um posto de saúde do município, que deverá
encaminhá-lo para exames. Uma vez confirmada a contaminação pelo Trypanosoma
cruzi no inseto, deverá ser feita a sorologia nos moradores do local onde o
vetor foi encontrado.
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