Discutir sobre as
arboviroses – dengue, zika e chikungunya – e promover um alinhamento nas
condutas médicas nos serviços de saúde. Com estes objetivos, médicos,
enfermeiros e técnicos da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) estão
reunidos durante todo o dia de hoje (28), até às 17h, no auditório do
Departamento de Educação Física da UFRN, para o Curso de Manejo Clínico das
Arboviroses.
Em 2018, o Rio Grande
do Norte notificou até o momento 1.336 casos suspeitos de arboviroses, sendo
1.030 para dengue – o que representa 77% dos casos notificados – 222 para
chikungunya e 84 casos suspeitos de zika vírus.
Durante todo o ano de
2017 foram 18.007 casos notificados de arboviroses, já em 2016 – ano da
epidemia do zika vírus/microcefalia, foram 96.015 notificações.
“Sabemos que o início
da estação chuvosa é crucial para a transmissão dessas doenças. Do final de fevereiro
até meados de maio é quando nós temos o maior número de casos e óbitos por
arboviroses, principalmente na região litorânea do estado. Apesar da queda do
número de casos, em comparação com 2016, temos no RN quase 90% dos municípios
com alto índice de infestação predial, o que necessita um olhar mais atento dos
municípios ao controle vetorial”, explicou Maria Lima, subcoordenadora de
vigilância epidemiológica da Sesap.
Com a capacitação dos
profissionais que atuam na linha de frente do atendimento nas unidades de
saúde, que acontece em parceria com o Departamento de Infectologia (DINF) da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), a Sesap pretende evitar os
óbitos e as formas mais graves das arboviroses. O alerta é para que os
profissionais preencham a lista nacional de notificações compulsórias,
apontando os sinais clínicos, solicitando os exames, como o isolamento viral,
para que seja possível conhecer a situação epidemiológica de cada município e
conduzir as políticas de saúde adequadas.
A Sesap vem
trabalhando, de forma ativa, na vigilância dos casos suspeitos de arboviroses.
Além da parceria com a UFRN para a qualificação de profissionais e colaboração
em projetos de pesquisa da universidade, também está sendo feito o treinamento
das equipes dos agentes comunitários de saúde nas oito regiões do estado para
as ações de campo e controle vetorial; distribuição de insumos estratégicos
(inseticidas e kits para diagnóstico) aos municípios; e criação de uma comissão
de encerramento de óbitos por arboviroses, que investiga os casos em conjunto
com os municípios e propõe medidas para que sejam evitados os óbitos.
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