Foi realizado ontem, 17 de
outubro, no auditório da VI Unidade Regional de Saúde Pública, com sede em Pau
dos Ferros, o I Seminário Do ‘Cuidado Com A Vida’. O objetivo do evento,
organizado pelo ITEP/RN e VI Ursap, foi discorrer sobre o tema suicídio que,
embora a campanha sobre atentar contra a própria vida tenha ocorrido no
‘Setembro Amarelo’, os casos de automorte continuam acontecendo de forma
substancial.
Segundo as estatísticas,
acontecem cerca de 800 mil suicídios por ano no mundo. Já no Brasil, 106.374
mortes por suicídio foram registradas de 2007 a 2016 no país. Somente em 2016,
de acordo com o Ministério da Saúde, 11.433 tiraram a própria vida – em média,
um caso a cada 46 minutos.
O Seminário foi aberto pelo
Coordenador do Núcleo de Recursos Humanos da VI Ursap, José Filho, e teve como
ministrantes de palestras Wberlhane Pereira, Subcoordenadora do ITEP de Mossoró
e Pau dos Ferros, Geilne Alves, médica legista psiquiatra do ITEP, Cíntia de
Freitas, Psicóloga Clínica (Pau dos Ferros), e dos peritos criminais do ITEP,
Marcos Daian, Ataíde Macêdo e Roberta Lícia e, ainda, Jakeline Sampaio, técnica
da VI Ursap responsável pela Saúde do Trabalhador na região do Alto Oeste potiguar.
Também prestigiaram o seminário,
a administradora da VI Ursap, Maíza Pontes e a Coordenadora do Núcleo Técnico,
Migna Jucy e servidores da unidade.
Recentemente, o ITEP, Subcoordenadoria Regional de Mossoró, fez um a
pesquisa, no período compreendido entre agosto de 2017 a junho de 2019, cujos
resultados apresentaram o viés voltado à observação do perfil dos suicidas,
assim como dos métodos empregados por eles na mesorregião Oeste do Rio Grande
do Norte. De acordo com aferição dos dados coletados, 82% dos suicídios ocorrem
por meio de enforcamento, 11% com o
emprego de arma de fogo, 3% via arma branca (faca), 2% medicamentos e 2%
envenenamento.
O suicídio é um fenômeno complexo,
multifacetado e de múltiplas determinações, que pode afetar indivíduos de
diferentes origens, classes sociais, idades, orientações sexuais e identidades
de gênero. Mas o suicídio pode ser prevenido! Saber reconhecer os sinais de
alerta em si mesmo ou em alguém próximo a você pode ser o primeiro e mais
importante passo.
Por isso, fique atento(a) se a pessoa
demonstra comportamento suicida e procure ajudá-la.
Eis alguns sinais:
Preocupação com sua
própria morte ou falta de esperança, isolamento, expressão de ideias ou de
intenções suicidas, depressão, exposição ao agrotóxico, perda de emprego,
crises políticas e econômicas, discriminação por orientação sexual e identidade
de gênero, agressões psicológicas e/ou físicas, sofrimento no trabalho,
diminuição ou ausência de autocuidado, conflitos familiares, perda de um ente
querido, doenças crônicas, dolorosas e/ou incapacitantes, entre outros podem
ser fatores que vulnerabilizam, ainda que não possam ser considerados como
determinantes para o suicídio. Sendo assim, devem ser levados em consideração
se o indivíduo apresenta outros sinais de alerta para o suicídio.
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