Nesta terça-feira, 19,
Dia Mundial de conscientização sobre a doença falciforme, a Secretaria de
Estado da Saúde Pública (Sesap) reuniu membros da Associação de Pessoas
Portadoras de Anemia Falciforme do RN (APPAF-RN) para um momento de discussão e
troca de experiências em torno do tema.
A ação faz parte do
projeto Diálogos Interativos da Subcoordenadoria de Informação, Educação e
Comunicação (SIEC) que nesta edição trouxe o tema “Doença falciforme –
construindo a linha de cuidados”.
O médico Gustavo
Oliveira, da Divisão de Hematologia do Hemonorte, explicou os aspectos clínicos
da doença e tirou algumas dúvidas dos pacientes presentes. “A doença falciforme
é a doença genética mais comum no Brasil, pela sua frequência e morbidade. O
teste do pezinho é fundamental no diagnóstico precoce”, disse.
A anemia falciforme é
uma doença hereditária, sua principal característica é a alteração do glóbulo
vermelho do sangue (hemácias). Essas células alteradas tomam a forma de foice e
não circulam facilmente pelos vasos sanguíneos, esse bloqueio na circulação
impede a chegada do oxigênio aos tecidos, o que desencadeia uma série de sintomas:
anemia crônica (causada pela rápida destruição dos glóbulos vermelhos),
icterícia (cor amarelada na pele e mais visivelmente no “branco dos olhos”),
inchaço muito doloroso na região dos punhos e tornozelos e crises dolorosas,
principalmente em ossos, músculos e articulações.
O Hemonorte, centro de
referência em hematologia e hemoterapia no Estado do RN, disponibiliza
atendimento aos portadores da doença. Atualmente cerca de 350 pacientes são
atendidos na unidade. Dados do Ministério da Saúde mostram que no Brasil nascem
por ano em torno de 3.500 crianças com anemia falciforme.
Como encaminhamento do
encontro, a equipe da Siec irá viabilizar uma reunião com diversos órgãos a fim
de apresentar algumas reivindicações dos pacientes como qualificação de profissionais,
abastecimento de medicamentos e acesso a exames.
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